terça-feira, 16 de março de 2010

Dispositivos dos territórios

Projeto Chico Villa 2009
Coordenação Prof. Dr. Naira Ciotti
O sangue que usamos tem pouca tinta
Bolsista: Telma Rodrigues

O caráter dos lugares pode ser o motor primeiro nas tramas da mestiçagem permanente. Não se pode entender os lugares se não se entra em contato com outras culturas, enquanto a troca era eminentemente econômica as identidades locais e periféricas não podiam competir em nível global, a não ser seguindo as lógicas de padronização, hoje pela imposição da economia simbólica do imaginário, a sociedade e o imaginário tornam-se espaços de permuta e de relação humana e comercial e catalisadores de identidade do território a serem enriquecidos e trocados. A música, o esporte, a dança, o vestuário e tudo o que envolve o corpo da cultura latina, passarão a ser grandes catalisadores relacionais, capazes de tornar vitais mercados e fenômenos culturais emergentes.
A condição urbana constitui uma base ideal de exploração. A deriva urbana proposta pelos situacionistas ou a psicogeografia tornava a cidade um campo de aventuras em que a dimensão lúdica e onírica tinha lugar de honra, a deriva permitia explorar determinado espaço confrontando com todas as possíveis e múltiplas diversidades. A navegação na constelação de estilos de idéias por parte de milhões de jovens deveria permitir uma experiência similar.
No território está acontecendo tudo isso. Definitivamente todos nós sabemos que alguns grandes temas sociais, ambientais e culturais se impuseram sobre o interesse comum, adquirindo um sopro planetário. A aceleração informativa e a constante demanda de enraizamento e identidade encontrarão novas formas de potencialidade d e de expressão em equilíbrio entre o global e o local, a glocalização ou a gestão política da diversidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário